O assassino de Maria Vitória Oliveira de Souza, de 11 anos, Mauricio Henrique da Silva, confessou o crime aos policiais da Divisão de Homicídios (DH) e disse que matou a menina asfixiada por causa de uma televisão, que o avô da vítima havia dado para ele consertar. O aparelho voltou a dar problemas e a irmã gêmea de Maria Vitória sempre que o encontrava reclamava da TV.
- Ele disso que isso o irritou - contou um inspetor da DH.
Maurício foi preso, na noite deste domingo, quando estava escondido na casa de um parente, em Magé, na Baixada Fluminense. Ele não tinha passagens pela polícia. A criança estava desaparecida desde terça-feira e foi encontrada morta no sábado, dentro de um riacho num matagal, em Santa Cruz.
Enterro
O corpo de Maria Vitória foi enterrado, na tarde deste domingo, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. A mãe da jovem, Denise, a irmã gêmea, Gilcilene, e o irmão Diogo preferiram não ir ao enterro.
O pai da menina, Gilson Souza, permaneceu o tempo todo ao lado do caixão, amparado por uma irmã e a madrinha da criança. Parentes e amigos também estiveram presentes.
- A Denise está praticamente sem falar - contou Tereza Graça, madrinha de Maria Vitória.
Devido ao avançado estado de decomposição do corpo, não houve velório, apenas uma rápida cerimônia para orações.
Quando o caixão foi colocado na gaveta, uma das irmãs de Maria Vitória, Cíntia Souza, se emocionou demais e precisou ser retirada do local.
- Nesse momento, só Deus para nos amparar - disse o pedreiro Altair Dutra, namorado de Cíntia.
Desaparecimento
Maria Vitória desapareceu na última terça-feira. Ela foi vista pela última vez ao sair de casa, por volta das 11h40m, em direção à casa de uma colega. A menina estava pronta para ir à escola. Desde então, parentes e vizinhos faziam buscas diárias nas redondezas à procura de Maria Vitória.
Na manhã deste sábado, quando entraram no matagal, que fica na rua onde a criança morava, no bairro Jesuítas, um cheiro de podre foi sentido perto do riacho. Ao mexerem na água, a menina foi encontrada morta.
Segundo o 27º BPM (Santa Cruz), a polícia foi informada da localização do corpo por volta das 10h. Não havia marcas de violência nem de tiros.
No entanto, a causa da morte não pode ser identificada devido ao avançado estado de decomposição. A Divisão de Homicídios está investigando o caso.
— É inacreditável que um monstro possa fazer isso a uma criança. O que fizeram foi uma coisa de gente muito ruim — disse a cunhada da menina, Karine Soares.
Maria Vitória era gêmea de Gilcilene e cursava o 6º ano na Escola Municipal Manuel Araújo Brandão, em Santa Cruz, segundo a irmã dela, a auxiliar de serviços gerais Cintia Oliveira de Souza, de 29 anos.
— Minha irmã era uma criança ainda, brincava de boneca.
Uma garota totalmente comportada. Desde terça-feira, estamos batendo tudo quanto é mato e hospital atrás dela.Agora, não tenho nem como velar minha irmã — lamentou Cintia Oliveira de Souza.
(Fonte EXTRA)
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